Carta aos militantes e aos dirigentes do PT-DF
Brasília – DF, 10 de março de 2010
O objetivo da presente carta aos militantes é pedir, de forma humilde e respeitosa, que reflitam por um instante de que forma o PT e sua militância podem interferir na solução de uma crise que, na minha opinião não é conjuntural, por causa das denúncias recentes de corrupção no DF, mas sim estrutural e que vem se agravando desde que o PT e seus aliados foram derrotados nas eleições de 1998.
As alianças
A forma que eu considero mais viável para contribuir na busca da solução é reconhecer que o PT nunca teve condições tão favoráveis para assumir o governo do DF como as que estão dadas neste momento e, a partir desse reconhecimento, se preparar para assumir essa responsabilidade.
Pode ser questionado se as condições são tão favoráveis assim para que o PT possa eleger o governador, conforme afirmo no parágrafo anterior. A defesa que eu faço é a de que é melhor para Brasília e para os brasilienses que o PT se apresente sozinho e com seus aliados históricos, se assim eles concordarem, do que com aliados que estiveram em determinados momentos envolvidos direta ou indiretamente com o governo eleito em 2006. Uma aliança ampla será vista pela comunidade de Brasília como uma forma de rearranjo político para poder chegar ao poder, mas nunca como uma forma de priorizar o combate à corrupção e trazer de volta a ética na política.
Se houver prejuízos, mínimos acredito eu, para a campanha da ministra Dilma, esses prejuízos serão compensados num futuro governo pelo fato de que a relação com o futuro governo Dilma se dará muito mais num relacionamento político e de companheirismo do que numa relação “perigosa” devido às figuras que estarão presentes num outro governo.
A escolha do candidato
Sou contrário à deflagração de uma luta, como a que já começou, com a divulgação, via internet, da valoração dos erros cometidos pelos postulantes a candidato a governador pelo PT. Quem não cometeu nenhum erro político ao longo de sua vida, após trinta anos de militância no PT ou em outros partidos ou nos movimentos sociais? Preparemos-nos para defender e justificar o por quê desses erros, quando sejam levantados pelos nossos opositores, mas nunca para derrotar o nosso companheiro de Partido. Não aceito essa visão.
O que não posso desconhecer é que o deputado Magela foi candidato a governador e teve um desempenho que superou as expectativas, mobilizou a militância, combateu o bom combate, e só não foi eleito ou esteve mais próximo da vitória devido à truculência utilizada por aqueles que desejam o poder para assim ajudar a transformar os bens públicos do DF em bens privados e, dessa forma, facilitar a transferência fraudulenta para pessoas físicas.
Não posso desconhecer que o ex-ministro Agnelo foi candidato ao Senado e teve, também, um bom desempenho.
O que não posso entender é que nossa energia esteja sendo dirigida exclusivamente à disputa pelas candidaturas e esteja sendo esquecido o mais importante, que deverá ser como administrar esta cidade ao mesmo tempo em que ela será saneada e limpa.
Considero que a chapa Magela governador, Agnelo senador e com a participação dos tradicionais partidos aliados é uma chapa mais apropriada para ganhar as eleições, trazer a esperança para Brasília e o Brasil e o resgate de uma política ética e da ética na política, no governo da cidade. Se os aliados históricos não aceitarem participar desta aliança “recortada”, prefiro o embate do PT, sozinho, do que composto com outros, dentro de uma grande aliança, exclusivamente para ganhar o governo.
Saudações petistas,
Antonio Ibañez Ruiz
Ex-reitor da UnB, Ex- Secretário de Educação do Governo do PT, Ex- Secretário Nacional de Educação Profissional e Tecnológica do Governo Lula e professor da UnB.
Brasília – DF, 10 de março de 2010
O objetivo da presente carta aos militantes é pedir, de forma humilde e respeitosa, que reflitam por um instante de que forma o PT e sua militância podem interferir na solução de uma crise que, na minha opinião não é conjuntural, por causa das denúncias recentes de corrupção no DF, mas sim estrutural e que vem se agravando desde que o PT e seus aliados foram derrotados nas eleições de 1998.
As alianças
A forma que eu considero mais viável para contribuir na busca da solução é reconhecer que o PT nunca teve condições tão favoráveis para assumir o governo do DF como as que estão dadas neste momento e, a partir desse reconhecimento, se preparar para assumir essa responsabilidade.
Pode ser questionado se as condições são tão favoráveis assim para que o PT possa eleger o governador, conforme afirmo no parágrafo anterior. A defesa que eu faço é a de que é melhor para Brasília e para os brasilienses que o PT se apresente sozinho e com seus aliados históricos, se assim eles concordarem, do que com aliados que estiveram em determinados momentos envolvidos direta ou indiretamente com o governo eleito em 2006. Uma aliança ampla será vista pela comunidade de Brasília como uma forma de rearranjo político para poder chegar ao poder, mas nunca como uma forma de priorizar o combate à corrupção e trazer de volta a ética na política.
Se houver prejuízos, mínimos acredito eu, para a campanha da ministra Dilma, esses prejuízos serão compensados num futuro governo pelo fato de que a relação com o futuro governo Dilma se dará muito mais num relacionamento político e de companheirismo do que numa relação “perigosa” devido às figuras que estarão presentes num outro governo.
A escolha do candidato
Sou contrário à deflagração de uma luta, como a que já começou, com a divulgação, via internet, da valoração dos erros cometidos pelos postulantes a candidato a governador pelo PT. Quem não cometeu nenhum erro político ao longo de sua vida, após trinta anos de militância no PT ou em outros partidos ou nos movimentos sociais? Preparemos-nos para defender e justificar o por quê desses erros, quando sejam levantados pelos nossos opositores, mas nunca para derrotar o nosso companheiro de Partido. Não aceito essa visão.
O que não posso desconhecer é que o deputado Magela foi candidato a governador e teve um desempenho que superou as expectativas, mobilizou a militância, combateu o bom combate, e só não foi eleito ou esteve mais próximo da vitória devido à truculência utilizada por aqueles que desejam o poder para assim ajudar a transformar os bens públicos do DF em bens privados e, dessa forma, facilitar a transferência fraudulenta para pessoas físicas.
Não posso desconhecer que o ex-ministro Agnelo foi candidato ao Senado e teve, também, um bom desempenho.
O que não posso entender é que nossa energia esteja sendo dirigida exclusivamente à disputa pelas candidaturas e esteja sendo esquecido o mais importante, que deverá ser como administrar esta cidade ao mesmo tempo em que ela será saneada e limpa.
Considero que a chapa Magela governador, Agnelo senador e com a participação dos tradicionais partidos aliados é uma chapa mais apropriada para ganhar as eleições, trazer a esperança para Brasília e o Brasil e o resgate de uma política ética e da ética na política, no governo da cidade. Se os aliados históricos não aceitarem participar desta aliança “recortada”, prefiro o embate do PT, sozinho, do que composto com outros, dentro de uma grande aliança, exclusivamente para ganhar o governo.
Saudações petistas,
Antonio Ibañez Ruiz
Ex-reitor da UnB, Ex- Secretário de Educação do Governo do PT, Ex- Secretário Nacional de Educação Profissional e Tecnológica do Governo Lula e professor da UnB.
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