Entrevista publicada nesta terça-feira (16), no jornal Correio Braziliense
Por que não foi possível chegar a um acordo que evitasse as prévias e as trocas de acusações?
Agnelo – Houve acordo que foi descumprido unilateralmente pelo Magela. Esse debate de baixo nível atribuo a um certo desespero, mesmo porque é inconcebível que uma discussão interna que vamos enfrentar com adversários externos possa virar um debate pessoal, violento e inescrupuloso.
Magela – Porque nós queremos disputar o mesmo cargo. Mesmo que eu tenha ouvido a possibilidade de o Agnelo aceitar a possibilidade de ser senador, as forças políticas que o apoiam não concordaram. Não havendo acordo, a prévia é o instrumento mais democrático.
A troca de acusações nas prévias vai prejudicar a campanha do PT ao governo?
Agnelo – Pode (acontecer) porque fazer da disputa interna uma batalha desse nível, do tudo ou nada, com grande irresponsabilidade, é evidente que ajuda os adversários externos e expõe o partido inclusive nacionalmente.
Magela – Não há troca de acusações. Há um debate em que a militância se envolve, que é natural no processo de disputa. No dia 22, quem for indicado candidato receberá o apoio do outro e a militância estará unida.
O que é mais grave entre todas as denúncias da Operação Caixa de Pandora?
Agnelo – O esquema de corrupção sistêmico, uma organização criminosa que envolve praticamente todos os órgãos de governo, fazendo da administração pública um meio de enriquecimento ilícito.
Magela – A própria existência de um sistema endêmico no DF, envolvendo o Executivo e o Legislativo. A rede de corrupção é o mais grave.
A crise favorece o PT na campanha ao GDF?
Agnelo – Favorece porque o PT é uma alternativa para tirar o Distrito Federal dessa situação, resgatar a esperança, a credibilidade e fazer um governo transparente, ético, de transformação. Mas nós não ficamos contentes com isso porque o desgaste da imagem do DF também atinge todos os moradores, mesmo que não mereçam.
Magela – Ela pode favorecer se o PT tiver a clareza de fazer compromissos claros da defesa de uma limpeza ética e de um programa de mudanças. O PT tem que saber aproveitar a oportunidade porque senão o Roriz pode voltar a governar o Distrito Federal.
Você é a favor de intervenção federal no DF?
Agnelo – No momento, não, porque as instituições passaram a funcionar, a Câmara Legislativa retomou o comando, tem uma direção e está trabalhando no sentido da apuração e punição dos culpados. O governador está preso e o vice já renunciou. Portanto, podemos ter a saída da crise pela linha sucessória
Magela – Sou radicalmente contra a intervenção porque acredito que não há razões sociais que justifiquem isso e no campo político as instituições estão funcionando normalmente, mesmo que não seja do jeito que nós gostaríamos. Não há razão para intervenção.
O governador Arruda deve ficar preso até o fim da investigação da Caixa de Pandora?
Agnelo – A interferência dele, usando os instrumentos de governo, a própria polícia, para impedir a investigação comprometeu definitivamente qualquer atitude que assegure a liberdade para investigação. A decisão da Justiça é correta.
Magela – Acho que a Justiça tem sido sábia nas decisões que tem adotado. Se há evidências de interferências nas investigações, essas interferências têm de ser coibidas.
A Câmara Legislativa tem legitimidade para discutir o impeachment de Arruda e investigar denúncias de corrupção?
Agnelo – Fora os parlamentares que estão envolvidos, a Câmara tem legitimidade para prosseguir com celeridade e nós devemos dar esse voto de confiança para que os parlamentares que lá estão possam responder essa tarefa tão difícil da nossa cidade, sob pena de fragilizar o poder Legislativo local
Magela – Não há nenhuma legitimidade da bancada que era apoiadora do atual governo. No entanto, não é possível analisar a Câmara Legislativa como se todos fossem iguais. É preciso fazer diferenças e hoje a Câmara está conseguindo responder às expectativas e às necessidades da população no tocante à crise.
Por que o senhor é melhor candidato ao governo do que seu adversário?
Agnelo – Não sou melhor do que ninguém. Reúno melhores condições para representar o projeto do PT, dos nossos aliados, da sociedade, pela minha experiência de 20 anos de vida pública e por estar preparado para governar. Reúno mais condições de ganhar eleição, porque tenho menos rejeição e relação forte com amplos setores da sociedade, até com os que não estão no campo da esquerda.
Magela – Com todo respeito ao meu companheiro Agnelo Queiroz, eu considero que quem disputou e teve uma campanha vibrante, vigorosa e vencedora contra Roriz em 2002, pode vencer agora. Em 2002, estavam Roriz, Arruda, Paulo Octávio, todos juntos. Agora eles estão separados. Meu maior objetivo é não deixar Roriz voltar e eu tenho melhores condições para enfrentá-lo.
O senhor vai ganhar as prévias?
Agnelo – Vou ganhar as prévias. A grande maioria das forças do PT me apoia, os quatro parlamentares do PT, lideranças sindicais, a grande maioria dos diretórios, o movimento social, popular, estudantil e agora com toda a campanha tenho percebido na base, na militância, grande expectativa de ganhar as prévias e fazer uma aliança ampla para ganhar o governo.
Magela – Eu estou convicto de que hoje tenho todas as condições de vencer as prévias. Tenho recebido muitos apoios desde o dia em que lancei minha candidatura e esses apoios têm aumentado nos últimos dias. Tenho todas as condições de vencer.
Se não ganhar as prévias, o que fará depois?
Agnelo – Sou um soldado do partido e vou ajudar o projeto partidário. Não tenho preferência individual porque não tenho intenção de disputar eleição proporcional e agora minha vontade de fato é executar o programa do partido.
Magela – Não sendo o vencedor das prévias, farei um apelo público de unidade do partido no dia 21. Caso eu não seja o vencedor, declararei apoio e unidade do partido no mesmo dia.
Por que não foi possível chegar a um acordo que evitasse as prévias e as trocas de acusações?
Agnelo – Houve acordo que foi descumprido unilateralmente pelo Magela. Esse debate de baixo nível atribuo a um certo desespero, mesmo porque é inconcebível que uma discussão interna que vamos enfrentar com adversários externos possa virar um debate pessoal, violento e inescrupuloso.
Magela – Porque nós queremos disputar o mesmo cargo. Mesmo que eu tenha ouvido a possibilidade de o Agnelo aceitar a possibilidade de ser senador, as forças políticas que o apoiam não concordaram. Não havendo acordo, a prévia é o instrumento mais democrático.
A troca de acusações nas prévias vai prejudicar a campanha do PT ao governo?
Agnelo – Pode (acontecer) porque fazer da disputa interna uma batalha desse nível, do tudo ou nada, com grande irresponsabilidade, é evidente que ajuda os adversários externos e expõe o partido inclusive nacionalmente.
Magela – Não há troca de acusações. Há um debate em que a militância se envolve, que é natural no processo de disputa. No dia 22, quem for indicado candidato receberá o apoio do outro e a militância estará unida.
O que é mais grave entre todas as denúncias da Operação Caixa de Pandora?
Agnelo – O esquema de corrupção sistêmico, uma organização criminosa que envolve praticamente todos os órgãos de governo, fazendo da administração pública um meio de enriquecimento ilícito.
Magela – A própria existência de um sistema endêmico no DF, envolvendo o Executivo e o Legislativo. A rede de corrupção é o mais grave.
A crise favorece o PT na campanha ao GDF?
Agnelo – Favorece porque o PT é uma alternativa para tirar o Distrito Federal dessa situação, resgatar a esperança, a credibilidade e fazer um governo transparente, ético, de transformação. Mas nós não ficamos contentes com isso porque o desgaste da imagem do DF também atinge todos os moradores, mesmo que não mereçam.
Magela – Ela pode favorecer se o PT tiver a clareza de fazer compromissos claros da defesa de uma limpeza ética e de um programa de mudanças. O PT tem que saber aproveitar a oportunidade porque senão o Roriz pode voltar a governar o Distrito Federal.
Você é a favor de intervenção federal no DF?
Agnelo – No momento, não, porque as instituições passaram a funcionar, a Câmara Legislativa retomou o comando, tem uma direção e está trabalhando no sentido da apuração e punição dos culpados. O governador está preso e o vice já renunciou. Portanto, podemos ter a saída da crise pela linha sucessória
Magela – Sou radicalmente contra a intervenção porque acredito que não há razões sociais que justifiquem isso e no campo político as instituições estão funcionando normalmente, mesmo que não seja do jeito que nós gostaríamos. Não há razão para intervenção.
O governador Arruda deve ficar preso até o fim da investigação da Caixa de Pandora?
Agnelo – A interferência dele, usando os instrumentos de governo, a própria polícia, para impedir a investigação comprometeu definitivamente qualquer atitude que assegure a liberdade para investigação. A decisão da Justiça é correta.
Magela – Acho que a Justiça tem sido sábia nas decisões que tem adotado. Se há evidências de interferências nas investigações, essas interferências têm de ser coibidas.
A Câmara Legislativa tem legitimidade para discutir o impeachment de Arruda e investigar denúncias de corrupção?
Agnelo – Fora os parlamentares que estão envolvidos, a Câmara tem legitimidade para prosseguir com celeridade e nós devemos dar esse voto de confiança para que os parlamentares que lá estão possam responder essa tarefa tão difícil da nossa cidade, sob pena de fragilizar o poder Legislativo local
Magela – Não há nenhuma legitimidade da bancada que era apoiadora do atual governo. No entanto, não é possível analisar a Câmara Legislativa como se todos fossem iguais. É preciso fazer diferenças e hoje a Câmara está conseguindo responder às expectativas e às necessidades da população no tocante à crise.
Por que o senhor é melhor candidato ao governo do que seu adversário?
Agnelo – Não sou melhor do que ninguém. Reúno melhores condições para representar o projeto do PT, dos nossos aliados, da sociedade, pela minha experiência de 20 anos de vida pública e por estar preparado para governar. Reúno mais condições de ganhar eleição, porque tenho menos rejeição e relação forte com amplos setores da sociedade, até com os que não estão no campo da esquerda.
Magela – Com todo respeito ao meu companheiro Agnelo Queiroz, eu considero que quem disputou e teve uma campanha vibrante, vigorosa e vencedora contra Roriz em 2002, pode vencer agora. Em 2002, estavam Roriz, Arruda, Paulo Octávio, todos juntos. Agora eles estão separados. Meu maior objetivo é não deixar Roriz voltar e eu tenho melhores condições para enfrentá-lo.
O senhor vai ganhar as prévias?
Agnelo – Vou ganhar as prévias. A grande maioria das forças do PT me apoia, os quatro parlamentares do PT, lideranças sindicais, a grande maioria dos diretórios, o movimento social, popular, estudantil e agora com toda a campanha tenho percebido na base, na militância, grande expectativa de ganhar as prévias e fazer uma aliança ampla para ganhar o governo.
Magela – Eu estou convicto de que hoje tenho todas as condições de vencer as prévias. Tenho recebido muitos apoios desde o dia em que lancei minha candidatura e esses apoios têm aumentado nos últimos dias. Tenho todas as condições de vencer.
Se não ganhar as prévias, o que fará depois?
Agnelo – Sou um soldado do partido e vou ajudar o projeto partidário. Não tenho preferência individual porque não tenho intenção de disputar eleição proporcional e agora minha vontade de fato é executar o programa do partido.
Magela – Não sendo o vencedor das prévias, farei um apelo público de unidade do partido no dia 21. Caso eu não seja o vencedor, declararei apoio e unidade do partido no mesmo dia.
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