O pré-candidato do PT que não vai aos debates com a militância, Agnelo Queiroz, concedeu uma entrevista para o jornal O Distrital. Na ocasião, o recém-filiado chamou de covarde e mentirosa a utilização pelo deputado federal Geraldo Magela do fato de que Agnelo teria sido gravado, quando assistiu aos vídeos de políticos recebendo propina. Leia, a seguir, os trechos da entrevista comentados por nós, Magelistas:
*Antes de qualquer coisa, o jornal demonstra parcialidade e simpatia pela pré-candidatura de Agnelo, pois não fez nenhuma pergunta sobre sua ausência nos debates com os militantes das cidades satélites.
O Distrital – O senhor divulgou uma carta na semana passada dando, mais uma vez, explicações sobre o fato de ter se encontrado com Durval Barbosa e assistido a alguns dos vídeos produzidos por ele e que ajudaram a deflagrar este escândalo político que assolou o Distrito Federal. Por que novas explicações?
Agnelo Queiroz - Eu já tinha dado essa explicação, estava no meu blog, inclusive, mas diante da utilização covarde, da utilização mentirosa deste fato, feita por Magela (deputado federal do PT, Geraldo Magela, adversário de Agnelo nas prévias internas do partido) e por seus apoiadores, eu me senti na obrigação de recolocar isso. De mostrar para a militância do PT e para a direção do partido como esse episódio estava sendo utilizado. Com a mentira de que a minha ida até lá foi gravada e que tem coisas comprometedoras que prejudicariam o PT.
COMENTÁRIO: o deputado federal Geraldo Magela nunca utilizou, em sua campanha para a eleição prévia, o FATO! de Agnelo Queiroz ter sido gravado por Durval Barbosa, quando assistia aos vídeos de políticos recebendo propina. Não é estranho o recém filiado fazer tal acusação, afinal, ele não comparece nos debates para saber o que é dito por Magela.
Existe um fato: Agnelo assistiu aos vídeos e foi gravado. Os militantes preocupados com o retorno do PT ao Governo do Distrito Federal e com o sucesso da campanha da ministra Dilma Rousseff no DF não querem um candidato a governador fragilizado.
Como isso é uma mentira, eu me senti na obrigação de denunciar a utilização deste episódio para a luta política, na tentativa de me desgastar. Ao mesmo tempo, recolocar de fato o que aconteceu, dando todas as garantias para nossa militância, para a direção, que eu vi os vídeos, três vídeos, mas não há absolutamente nada comprometedor, nada ilegal, nada que possa prejudicar a nossa candidatura.
COMENTÁRIO: não há nada comprometedor?? Nem o fato de Agnelo não ter comentado com nenhum petista da direção do partido os vídeos assistido por ele?? Os petistas só ficaram sabendo do encontro de Agnelo com Durval Barbosa somente por meio da imprensa.
Pelo contrário, ter ido é uma demonstração de coragem. Se eu pudesse ajuda a botar esta quadrilha abaixo eu teria feito. Essa sempre foi minha atuação. Meus mandatos tiveram características de investigação, de fiscalização do governo, Eu tenho uma história nesta cidade, tenho responsabilidade, nunca fiz denúncia que não tivesse provas e, neste caso, eu não tinha provas, eu não sabia da autenticidade desses vídeos. Vi que era uma coisa muito mais policial do que política. E eu não poderia transformar isso em uma luta política de oposição e governo. Talvez, se tivesse feito isso, as denúncias não teriam o desfecho que tiveram, o desmonte de uma organização criminosa no Distrito Federal. Essa era minha obrigação e esse objetivo foi atingido.
Seu partido tem prévias marcadas para o dia 21 de março. Por que o senhor se considera um melhor candidato para o PT do que o deputado federal Geraldo Magela?
COMENTÁRIO: aqui deveria entrar mais uma pergunta: por quê o senhor não vai aos debates com o Magela?
Agnelo – Porque eu tenho um apoio muito mais amplo no partido. Eu tenho condições de melhor unificar o PT, que é o nosso primeiro grande esforço. O segundo é unificar também o nosso campo, o campo de esquerda no Distrito Federal, com capacidade de ampliar as nossas alianças e atingir amplos setores da sociedade do Distrito Federal. Para fazer uma mudança radical na política da nossa cidade.
Essa mudança tem de acontecer tanto do ponto de vista administrativo, com transparência, controle social, respeito à coisa pública, quanto das prioridades de governo. É preciso cuidar do nosso povo, diminuir as desigualdades, cuidar do idoso, da juventude, da infância. Enfim, oferecer uma qualidade de vida à população e interromper esse ciclo de utilização do Estado para beneficio próprio, dessa política patrimonialista, irresponsável e criminosa que vinha sendo adotada no Distrito Federal.
Eu me sinto plenamente preparado para coordenar essa mudança. Porque ela é feita por muitas mãos, uma frente partidária e uma frente com a sociedade, um pacto com a sociedade, não é um pacto apenas entre partidos.
Eu não sou melhor do que ninguém. Mas o que estamos examinando é que no momento, nesta conjuntura, quem melhor pode cumprir este papel sou eu. Por isso que estou tão disposto. Minha candidatura não é uma candidatura do Agnelo apenas. Há uma série de correntes do partido, a grande maioria das forças políticas do PT, que lançaram essa candidatura, que me pediram para ser o candidato.
COMENTÁRIO: está certo, a candidatura do recém-filiado não é apenas dele, mas sim do ex-presidente do PT Chico Vigilante que, sem consultar a militância petista, importou de outro partido Agnelo Queiroz para, em seguida, empurrar goela abaixo dos petistas. O que acontece com candidatos importados? Vide Cristovam Buarque. Entrou no PT. Foi eleito governador. Abandonou a militância petista e não foi reeleito. Mas a militância não o abandonou e o elegeu senador. Em troca, Cristovam abandonou o partido. Será mesmo que um candidato importando é o melhor para o partido?
O senhor já teria sido escolhido pelo partido então?
Agnelo – Em julho do ano passado eu abri mão de minha candidatura ao governo para o Magela ser o candidato tendo em vista da dificuldade de unir o partido. Eram duas candidaturas fortíssimas então era importante ter unidade nossa para fazer as alianças e começarmos a trabalhar cedo. Como não era possível, ele não aceitava qualquer aferição de quem deveria ser o candidato, jogando a decisão para o congresso do partido que seria este ano, então eu retirei a candidatura. Uma demonstração de que o meu objetivo é de que o PT ganhe as eleições no Distrito Federal e que faça um palanque forte para nossa companheira Dilma (Roussef, pré-candidata do PT à Presidência) aqui, no Distrito Federal. Como ele não assumiu a candidatura ao governo, uma grande maioria das correntes do partido se reuniu e fez o apelo para que eu revisse minha decisão e recolocasse minha candidatura. A partir daí, a candidatura deixou de ser minha individual.
COMENTÁRIO: em julho do ano passado Agnelo desistiu. Curiosamente, também em julho do ano passado, ele assistiu aos vídeos que levaram a prisão do governador licenciado José Roberto Arruda (ex-DEM).
Magela não precisava assumir que era candidato a governador, porque, desde 2002 ele é o candidato natural do PT ao Governo do Distrito Federal.
Contudo, sem nenhuma explicação plausível, Agnelo Queiroz voltou atrás e colocou novamente seu nome como pré-candidato do PT.
*Antes de qualquer coisa, o jornal demonstra parcialidade e simpatia pela pré-candidatura de Agnelo, pois não fez nenhuma pergunta sobre sua ausência nos debates com os militantes das cidades satélites.
O Distrital – O senhor divulgou uma carta na semana passada dando, mais uma vez, explicações sobre o fato de ter se encontrado com Durval Barbosa e assistido a alguns dos vídeos produzidos por ele e que ajudaram a deflagrar este escândalo político que assolou o Distrito Federal. Por que novas explicações?
Agnelo Queiroz - Eu já tinha dado essa explicação, estava no meu blog, inclusive, mas diante da utilização covarde, da utilização mentirosa deste fato, feita por Magela (deputado federal do PT, Geraldo Magela, adversário de Agnelo nas prévias internas do partido) e por seus apoiadores, eu me senti na obrigação de recolocar isso. De mostrar para a militância do PT e para a direção do partido como esse episódio estava sendo utilizado. Com a mentira de que a minha ida até lá foi gravada e que tem coisas comprometedoras que prejudicariam o PT.
COMENTÁRIO: o deputado federal Geraldo Magela nunca utilizou, em sua campanha para a eleição prévia, o FATO! de Agnelo Queiroz ter sido gravado por Durval Barbosa, quando assistia aos vídeos de políticos recebendo propina. Não é estranho o recém filiado fazer tal acusação, afinal, ele não comparece nos debates para saber o que é dito por Magela.
Existe um fato: Agnelo assistiu aos vídeos e foi gravado. Os militantes preocupados com o retorno do PT ao Governo do Distrito Federal e com o sucesso da campanha da ministra Dilma Rousseff no DF não querem um candidato a governador fragilizado.
Como isso é uma mentira, eu me senti na obrigação de denunciar a utilização deste episódio para a luta política, na tentativa de me desgastar. Ao mesmo tempo, recolocar de fato o que aconteceu, dando todas as garantias para nossa militância, para a direção, que eu vi os vídeos, três vídeos, mas não há absolutamente nada comprometedor, nada ilegal, nada que possa prejudicar a nossa candidatura.
COMENTÁRIO: não há nada comprometedor?? Nem o fato de Agnelo não ter comentado com nenhum petista da direção do partido os vídeos assistido por ele?? Os petistas só ficaram sabendo do encontro de Agnelo com Durval Barbosa somente por meio da imprensa.
Pelo contrário, ter ido é uma demonstração de coragem. Se eu pudesse ajuda a botar esta quadrilha abaixo eu teria feito. Essa sempre foi minha atuação. Meus mandatos tiveram características de investigação, de fiscalização do governo, Eu tenho uma história nesta cidade, tenho responsabilidade, nunca fiz denúncia que não tivesse provas e, neste caso, eu não tinha provas, eu não sabia da autenticidade desses vídeos. Vi que era uma coisa muito mais policial do que política. E eu não poderia transformar isso em uma luta política de oposição e governo. Talvez, se tivesse feito isso, as denúncias não teriam o desfecho que tiveram, o desmonte de uma organização criminosa no Distrito Federal. Essa era minha obrigação e esse objetivo foi atingido.
Seu partido tem prévias marcadas para o dia 21 de março. Por que o senhor se considera um melhor candidato para o PT do que o deputado federal Geraldo Magela?
COMENTÁRIO: aqui deveria entrar mais uma pergunta: por quê o senhor não vai aos debates com o Magela?
Agnelo – Porque eu tenho um apoio muito mais amplo no partido. Eu tenho condições de melhor unificar o PT, que é o nosso primeiro grande esforço. O segundo é unificar também o nosso campo, o campo de esquerda no Distrito Federal, com capacidade de ampliar as nossas alianças e atingir amplos setores da sociedade do Distrito Federal. Para fazer uma mudança radical na política da nossa cidade.
Essa mudança tem de acontecer tanto do ponto de vista administrativo, com transparência, controle social, respeito à coisa pública, quanto das prioridades de governo. É preciso cuidar do nosso povo, diminuir as desigualdades, cuidar do idoso, da juventude, da infância. Enfim, oferecer uma qualidade de vida à população e interromper esse ciclo de utilização do Estado para beneficio próprio, dessa política patrimonialista, irresponsável e criminosa que vinha sendo adotada no Distrito Federal.
Eu me sinto plenamente preparado para coordenar essa mudança. Porque ela é feita por muitas mãos, uma frente partidária e uma frente com a sociedade, um pacto com a sociedade, não é um pacto apenas entre partidos.
Eu não sou melhor do que ninguém. Mas o que estamos examinando é que no momento, nesta conjuntura, quem melhor pode cumprir este papel sou eu. Por isso que estou tão disposto. Minha candidatura não é uma candidatura do Agnelo apenas. Há uma série de correntes do partido, a grande maioria das forças políticas do PT, que lançaram essa candidatura, que me pediram para ser o candidato.
COMENTÁRIO: está certo, a candidatura do recém-filiado não é apenas dele, mas sim do ex-presidente do PT Chico Vigilante que, sem consultar a militância petista, importou de outro partido Agnelo Queiroz para, em seguida, empurrar goela abaixo dos petistas. O que acontece com candidatos importados? Vide Cristovam Buarque. Entrou no PT. Foi eleito governador. Abandonou a militância petista e não foi reeleito. Mas a militância não o abandonou e o elegeu senador. Em troca, Cristovam abandonou o partido. Será mesmo que um candidato importando é o melhor para o partido?
O senhor já teria sido escolhido pelo partido então?
Agnelo – Em julho do ano passado eu abri mão de minha candidatura ao governo para o Magela ser o candidato tendo em vista da dificuldade de unir o partido. Eram duas candidaturas fortíssimas então era importante ter unidade nossa para fazer as alianças e começarmos a trabalhar cedo. Como não era possível, ele não aceitava qualquer aferição de quem deveria ser o candidato, jogando a decisão para o congresso do partido que seria este ano, então eu retirei a candidatura. Uma demonstração de que o meu objetivo é de que o PT ganhe as eleições no Distrito Federal e que faça um palanque forte para nossa companheira Dilma (Roussef, pré-candidata do PT à Presidência) aqui, no Distrito Federal. Como ele não assumiu a candidatura ao governo, uma grande maioria das correntes do partido se reuniu e fez o apelo para que eu revisse minha decisão e recolocasse minha candidatura. A partir daí, a candidatura deixou de ser minha individual.
COMENTÁRIO: em julho do ano passado Agnelo desistiu. Curiosamente, também em julho do ano passado, ele assistiu aos vídeos que levaram a prisão do governador licenciado José Roberto Arruda (ex-DEM).
Magela não precisava assumir que era candidato a governador, porque, desde 2002 ele é o candidato natural do PT ao Governo do Distrito Federal.
Contudo, sem nenhuma explicação plausível, Agnelo Queiroz voltou atrás e colocou novamente seu nome como pré-candidato do PT.
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